10 famosos escritores brasileiros e suas principais obras

A imagem é a foto de uma mulher lendo um livro.

Artigo publicado no BuzzFeed, em 2016.

10 famosos escritores brasileiros e suas principais obras

Capa do livro O Alienista, de Machado de Assis

Parte dos críticos e estudiosos literários considera que “O Alienista” é uma novela. Para a outra parcela, é um conto mais longo. Fato é que tal livro, publicado originalmente em 1882, é um marco do Realismo brasileiro.

Em uma história cheia de ironia em torno dos pensamentos e hábitos da sociedade da época, notório estudioso da mente humana, o médico Simão Bacamarte decide construir a Casa Verde, um hospício para tratar os doentes mentais na pequena cidade de Itaguaí.

O que é loucura e o que é sanidade? Simão conclui que tudo é relativo e a normalidade nem sempre é aquilo que a ciência e os fatos atestam de forma absoluta. A trama de “O Alienista” aborda assuntos polêmicos e critica a disparidade entre as realidades dos detentores do poder e a população desfavorecida. Clique e faça o download do livro

Capa do livro Quincas Borba, de Machado de Assis
Livro ícone do Realismo literário brasileiro cuja publicação original é de 1891. Rubião, um caipira ingênuo, herda a fortuna do filósofo Quincas Borba, personagem previamente descrito em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”. A condição para manter a herança é cuidar do cachorro de Quincas.

Milionário, Rubião sai do interior para morar na corte imperial, no Rio de Janeiro. No trem ele conhece o casal Cristiano e Sofia Palha que, percebendo a sua ingenuidade, planejam tomar todo o seu dinheiro. Clique e faça o download do livro

Romances: “Memórias Póstumas de Brás Cubas, “Helena”, “Esaú e Jacó”, “Memorial de Aires”.
Coletâneas de Poesias: “Crisálidas”, “Americanas”, “Ocidentais”.
Coletâneas de Contos: “Contos Fluminenses”, “Histórias da Meia-Noite”, “Relíquias da Casa Velha”.

Capa do livro Boca de Luar, de Carlos Drummond de Andrade

Publicação póstuma, “Boca de Luar” reúne textos escritos para o Jornal do Brasil: crônicas e algumas histórias fictícias, criadas a partir da leitura de notícias e da observação do cotidiano no Rio de Janeiro. São cheias de energia, humor, criatividade e o interesse pelo bem comum.

Drummond também conta algumas de suas memórias (em “Milho Cozido”, “Coisas Lembradas” e “Participação de Casamento”) e faz críticas ao culto às celebridades (em “Tem Cada uma na Vida” e “Arte e Casamento”).

Capa do livro Contos Plausíveis, de Carlos Drummond de Andrade
A primeira impressão é que “Contos Plausíveis” são histórias sem pé, nem cabeça. Mas, por mais surreais que os 150 contos pareçam, há sempre um pé na realidade. Todos os contos ocupam menos de uma página e são acompanhados por uma ilustração, que não se refere ao conto da mesma página. Daí o leitor é desafiado a descobrir a correspondência entre imagens e textos.

De acordo com o prefácio do autor, “Parece que na vida também é assim: as pessoas e coisas nem sempre andam de par constante”.

Poesias: “José, Novos Poemas”, “Amar se Aprende Amando”, “A Vida Passada a Limpo”.
Crônicas: “Cadeira de Balanço”, “A Bolsa e Vida”, “O Poder Ultrajovem”.
Prosa: “Confissões de Minas”, “Contos de Aprendiz”, “O Observador no Escritório”.

3. Clarice Lispector

Capa do livro A Hora da Estrela, de Clarice Lispector

Último romance da autora e publicado originalmente em 1977, “A Hora da Estrela” mistura realidade e delírio na história contada por um escritor fictício chamado Rodrigo S.M. (alter ego da própria Clarice).

Caminhando em uma rua do centro do Rio de Janeiro, o protagonista se depara com Macabéa, uma jovem alagoana de 19 anos, ingênua e sonhadora. Órfã de mãe ainda criança, ela foi criada pela tia que lhe repreendia com pancadas na cabeça. Mesmo com pouca instrução e escrevendo mal, ela conclui um curso de datilografia, profissão que exerce depois de se mudar com a tia para o Rio de Janeiro.

A tia morre e Macabéa vai morar em um quarto de pensão dividido com quatro moças que trabalhavam como balconistas. Enquanto as roomates dormem porque chegam tarde do trabalho, Macabéa passa o dia em casa e fica acordada na madrugada ouvindo a programação da Rádio Relógio.

No dia em que decide faltar ao trabalho e passear pela cidade, ela conhece Olímpico de Jesus, um metalúrgico nordestino. Ele quer crescer e vencer na vida e ela, conversando de maneira precária, sabe apenas contar o que ouve na rádio. Quando Olímpico a abandona para ficar com Glória, sua colega de trabalho, Macabéa perde a noção do ridículo indo banheiro do escritório e volta maquiada com um forte batom vermelho, dizendo que se sente uma estrela de cinema.

Aconselhada por Glória, ela vai consultar a cartomante Madama Carlota e recebe a previsão de um futuro brilhante, com a proximidade de um grande amor. Ao sair da cartomante, nossa heroína morre atropelada. Pela primeira vez em sua breve existência, Macabéa é o centro das atenções. Ao menos dos pedestres que presenciaram o acidente.

Capa do livro Laços de Família, de Clarice Lispector

Publicada orginalmente em 1960, “Laços de Família” é uma coletânea de 13 contos cuja temática principal é o desentendimento familiar. A maioria das personagens é composta por donas de casa que lutam para equilibrar a rotina do casamento e da família com sua individualidade e anseios próprios. Pessoas comuns, presas a uma vida convencional buscando a libertação da banalidade de sua existência.

Os contos – “Amor”, “Uma galinha” e “Feliz Aniversário”, entre outros – são narrados em terceira pessoa. “O jantar” é o único em primeira.

Romance: “A cidade sitiada”, “A maçã no escuro”, “Água viva”.
Contos: “Onde estivestes de noite”, “O ovo e a galinha”, “Felicidade clandestina”.
Crônicas: “Para não esquecer”, “A descoberta do mundo”.

Capa do livro Bonitinha, mas ordinária, de Nelson Rodrigues

Uma das peças antológicas do autor, “Bonitinha, mas ordinária” explora as tentações que perseguem o homem desde Adão e Eva no paraíso até os dias de hoje.

Edgard, um jovem de família pobre com dificuldades financeiras para cuidar da mãe doente, namorava Ritinha, professora que trabalha duro para sustentar três irmãs e a mãe louca. Edgard consegue emprego como contínuo na empresa do Dr. Werneck, milionário e sem escrúpulos. Sua filha, Maria Cecília, com 17 anos e até então virgem, acabara de ter sido estuprada por cinco negros em um local deserto.

Peixoto, genro de Werneck, oferece dinheiro para que Edgard se case com Maria Cecília. Depois de 11 anos na empresa, ele fica chocado e recusa a proposta. Peixoto não desiste, leva Edgard à casa de Werneck e Maria Cecília pede para ele reconsiderar sua decisão. O Dr. Werneck oferece um cheque bem gordo ao portador, mas Egard não recebe dizendo que não é Peixoto, que se casou por interesse. Werneck insiste e fala uma das célebres frases criadas por Nelson Rodrigues: “No Brasil, todo mundo é Peixoto”. Frase ainda atual por causa da corrupção em nosso país.

Edgard aceita o cheque, se torna prisioneiro da situação e abandona Ritinha que, desiludida com os homens, vira uma prostituta. Pouco tempo depois de casado, Edgard descobre a verdadeira história de Maria Cecília, pois não foi estupro e ela que pediu para fazer a suruba. Edgard se revolta, desfaz o acordo com Werneck e rasga o cheque que ainda não tinha depositado.

Faz isso ao nascer do sol na praia, ao lado do seu grande amor Ritinha. Única peça de Nelson Rodrigues com final feliz, “Bonitinha, mas ordinária” defende a ética, o amor e a civilidade. Uma comédia dramática ou um drama cômico? Leia o livro ou assista ao filme e tire suas próprias conclusões.

Capa do livro O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues

Vítima de atropelamento por um ônibus desgovernado, um homem à beira da morte pede um beijo a outro homem que foi socorrê-lo. É um ato de misericórdia. Mas a cena, que foi fotografada por um repórter policial, vira manchete sensacionalista e causa polêmica na sociedade.

“O Beijo no Asfalto” é uma peça teatral que foi adaptada duas vezes para o cinema e virou história em quadrinhos.

Peças teatrais: “A mulher sem pecado”, “Vestido de Noiva”, “Os sete gatinhos”.
Romances: “Meu destino é pecar”, “Núpcias de fogo”, “O homem proibido”.
Contos: “Elas gostam de apanhar”, “A dama do lotação”, “Orquídeas”.
Crônicas: “A cabra vadia”, “A menina sem estrelas”, “A pátria sem chuteiras”.

Capa do livro Capitães de Areia, de Jorge Amado
Publicação original de 1937, é um comovente drama sobre as dificuldades da vida de um grupo de crianças e adolescentes em Salvador. Largados à própria sorte, moram dentro de uma máquina de moer cana-de-açúcar, começam a roubar e ficam conhecidos como os “Capitães de Areia”.

O livro mostra não apenas o lado sombrio, mas também as aspirações e os pensamentos ingênuos que toda criança tem. Ingenuidade da qual Pedro Bala, o líder do bando se aproveita.

Capa do livro Dona Flor e Seus Dois Maridos, de Jorge Amado

Um dos romances mais populares de Jorge Amado, com a primeira edição em 1966, “Dona Flor e Seus Dois Maridos” conta como foram os dois casamentos da bela Florípedes Paiva, a Flor.

Vadinho, o primeiro marido, adora a vida boêmia, tem compulsão sexual e a realiza com várias mulheres. Em um domingo de Carnaval, depois de tanto sexo, cachaça e samba, ele tem um infarto fulminante. Apesar dos sete anos de traição, Flor sente muito a perda.

Decidida a não se importar mais com homens, passa um ano com a mente ocupada em aulas de culinária. Até que conhece seu segundo marido, o farmacêutico Teodoro Madureira que, bem ao contrário de Vadinho, é recatado e péssimo na cama. O que mantém o casamento é a educação e o respeito com que Flor  é tratada por Teodoro.

Pouco depois de completar um ano do segundo casamento, Flor se assusta ao ver o fantasma de Vadinho em seu quarto. Na cama e nu, sorri e convida Flor para se deitar com ele. Em outra aparição, sentado no topo de um armário, observa uma relação do casal de vivos, dando gargalhadas pelo desempenho de Teodoro.

Flor não resiste às provocações de Vadinho, o amante morto que só ela vê, e começa o trisal. Teodoro, o marido vivo, nunca saberá que é corno. Em 1976, “Dona Flor e Seus Dois Maridos” virou um grande sucesso do cinema nacional.

Romance: “O País do Carnaval”, “Seara Vermelha”, “O cavaleiro da esperança”.
Poesia: “A estrada do mar”.
Peça teatral: “O amor do soldado”.
Literatura infantojuvenil: “O gato malhado e a andorinha Sinhá”, “A bola e o goleiro”.

Capa do livro Dois Pinheiros e o Mar e outras crônicas sobre meio ambiente, de Rubem Braga

Coletânea de 21 crônicas publicadas em jornais e revistas entre 1948 e 1969, “Dois Pinheiros e o Mar” apresenta o lado ativista de Jorge Amado, em defesa da fauna e da flora, utilizando sutilmente a ironia para criticar a bestialidade humana ao poluir a natureza.

Capa do livro Crônicas para Jovens, de Rubem Braga

“Crônicas para Jovens” reúne 30 crônicas agrupadas em cinco subtítulos: “Amor… Ou quase”; “Parece que foi hoje!”; “Confidências, quase confissões”; “De plantas e bichos e Em qualquer lugar”.

O olhar atento e sensível de Rubem Braga declara sua paixão pela natureza, expõe suas opiniões sobre política, as incompatibilidades amorosas, o valor da amizade, a correria das grandes metrópoles e a desigualdade social.

Crônicas: “Crônicas do Espírito Santo”, “As Boas Coisas da Vida”, “O Verão e as Mulheres”.
Adaptações: “O Livro de Ouro dos Contos Russos”, “Coleção Reencontro: Os Lusíadas”.

Capa do livro Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos

Romance escrito em quatro volumes, “Memórias do Cárcere” não possui capítulo final porque Graciliano Ramos morreu antes de concluí-lo. Além de contar suas experiências enquanto preso político, ele faz uma crítica a todo tipo de ditadura.

A narrativa é repleta de amargura e traz reflexões sobre as mazelas da natureza humana e a morte. É um livro que expõe toda a revolta do autor com o tratamento desumano pelo qual ele e os demais detentos sofriam.

Capa do livro Angústia, de Graciliano Ramos

“Angústia” conta a história de Luís Silva, protagonista e narrador em primeira pessoa, um solteirão de 35 anos que vive descontente com a vida que leva trabalhando como funcionário público e de um jornal de nível medíocre. Por sorte, começa a namorar sua vizinha, Marina.

Luís tem problemas existencialistas, sua mente confunde fatos do passado e do presente, misturados a um ódio profundo do capitalismo opressor. Julião Tavares, moço rico, elegante e galanteador usa o dinheiro para conquistar as mulheres. Marina cai em sua lábia e passa a desprezar João. Assim como as demais conquistas de Julião, ela acaba levando um pé na bunda.

É um livro em que Graciliano Ramos critica a desigualdade social por meio de muitas comparações e simbologias.

Romances: “São Bernardo”; “Brandão Entre o Mar e o Amor”.
Contos: “Histórias Incompletas”; “Dois Dedos”.
Crônicas: “Viagem”; “Linhas Tortas”.

Capa do livro Corpo de Baile, de João Guimarães Rosa

“Corpo de Baile” é um conjunto de sete novelas, divididas em dois volumes, cujo elo é a sexualidade, que, mostrada como destruidora de formalidades e preconceitos, se torna o meio pelo qual as personagens encontram a si mesmas.

“Campo Geral”, o texto de abertura, tem como protagonista Miguilim, um homem sentimental e míope, que descobre o mundo ao usar óculos pela primeira vez com um olhar tão puro que faz o leitor lembrar-se da infância.

Manuelzão, o protagonista de “Uma estória de amor” é o homem de confiança de um grande fazendeiro. Depois de construir uma pequena capela nas terras do patrão, ele resolve se aposentar no dia seguinte, reunindo o povo da cidade em uma missa seguida de uma festa. Durante a comemoração da aposentadoria, ele reflete sobre sua vida e, poucos dias após a festa, fica com a saúde debilitada e teme voltar à miséria em que vivia antes de trabalhar na fazenda. Enquanto Miguilim descobria o mundo, Manuelzão tenta redescobrir o sabor da vida.

Na “Estória de Lélio e Lina”, Lélio é um jovem vaqueiro que tem um caso com Jiní, esposa de Tomé, mas descobre o verdadeiro amor ao conhecer a idosa Dona Rosalina.

O belo sertanejo Pedro Osório, protagonista de “O Recado do Morro”, sofre uma tentativa de assassinato enquanto guia um estrangeiro, um padre e um fazendeiro durante a travessia das serras de Minas Gerais.

O protagonista de “Dão-Lalão” é o jagunço Soropita, assassino de muita gente a mando dos coronéis. Ele se apaixona pela sensualidade da prostituta Doralda, ela abandona a prostituição, os dois se casam. A despeito de formarem um casal feliz, Soropita se sente ressentido com o passado da esposa ao virar alvo de comentários maldosos dos amigos do casal.

Em “Cara de Bronze”, o patrão do protagonista Grivo lhe envia para uma viagem secreta e os moradores da cidade ficam curiosos para saber o motivo.

A sétima novela, “Buriti”, tem uma narrativa longa e altera períodos narrados em primeira pessoa com períodos em terceira. Começa sob a perspectiva do protagonista Miguel e depois passa para o olhar de sua nora, Lalinha.

Capa do livro Primeiras Estórias, de João Guimarães Rosa

“Primeiras Estórias” é o livro ideal para quem lê Guimarães Rosa pela primeira vez. Relembrando as definições, história é ligada a fatos históricos e estória diz respeito a acontecimentos fictícios. Por sua vez, o adjetivo “Primeiras” foi usado no título porque foi a primeira vez que o autor escreveu contos.

São 21 contos, ambientados no campo, com protagonistas que narram “causos” do sertão nordestino. Até as coisas mais banais são transmitidas com a magia e a beleza da imaginação do autor.

Novelas: “Campo geral”, “Manuelzão e Miguilim”.
Contos: “Estas estórias”, “Com o vaqueiro Mariano”, “O Burrinho Pedrês”.

Capa do livro Orgias, de Luís Fernando Veríssimo

Por um lado, o autocontrole inibe os desejos sexuais mais ardentes do ser humano. Por sua vez, a orgia é a libertação extrema, o culto ao excesso, a euforia sem limites. Quem nunca despirocou ao menos uma vez na vida? De acordo com Luís Fernando Veríssimo, existem orgias e orgias.

No livro “Orgias”, as festas de réveillon revelam    a libertinagem das personagens, no entanto, com moderação.

Capa do livro Comédias Brasileiras de Verão, de Luís Fernando Veríssimo

Outro livro de crônicas, publicado pela primeira vez em 2009, “Comédias Brasileiras de Verão” traz o ponto de vista de Luís Fernando Veríssimo sobre a classe média, analisando suas ambiguidades e fraquezas.

Crônicas e contos: “O Suicida e o Computador”, “A Mancha”, “Diálogos Impossíveis”.
Novelas e romances: “Traçando Paris”, “Traçando Roma”, “Traçando Madrid”.

Capa do livro O Alquimista, de Paulo Coelho

Outro best-seller mundial, O Alquimista conta a história, repleta de simplicidade e sabedoria, de Santiago, um jovem pastor de ovelhas espanhol.

Depois de um sonho enigmático, o protagonista consulta a cigana Romani, que tem a visão de um tesouro enterrado próximo as pirâmides do Egito. Antes de partir de Andaluzia, Melquiesde, o velho rei de Salém, pede a Santiago que ele aceite duas pedras preciosas em troca das ovelhas. O dinheiro da venda das pedras viabiliza a viagem ao Egito.

No início da travessia do deserto do Saara, Santiago conhece um inglês cujo desejo era se tornar um alquimista e, por isso, estava em busca de um professor egípcio de Alquimia, que vivia no deserto. Pouco adiante, a bela árabe Fátima desperta o fogo da paixão em nosso herói e ele a pede em casamento. Ela aceita com uma condição: casar quando ele voltasse com o tesouro. Por causa de tal interesse, Santiago conclui que o amor verdadeiro é aquele sem segundas intenções.

A empreitada continua até o oásis onde morava o tal professor de Alquimia. Ao bater o olho em Santiago, ele o reconhece como o discípulo que há muito tempo esperava, com duas relíquias: o Elixir da Longa Vida, um remédio para curar todas as doenças, e a Pedra Filosofal, uma substância para transformar metais comuns em ouro.

“O Alquimista” é uma fábula que incentiva os leitores a ouvir a voz do coração, interpretar os sinais que aparecem ao longo da vida e, principalmente, transformar sonhos em realidade.

Capa do livro Veronika Decide Morrer, de Paulo Coelho
Lançado em 1998, “Veronika decide morrer” conta a história de Veronika, uma jovem eslovena que, aos 24 anos, considera sua vida sem propósito e decide cometer suicídio. Não sofria de depressão, mas achava que a vida continuaria sem graça, ainda mais na velhice. Outra razão para se matar era a impotência diante das mazelas do mundo.

Na intenção de morrer bela e dormindo, a protagonista se maquia, toma quatro comprimidos de uma vez e se deita na cama esperando a morte chegar. Mas o que vem é um sono profundo com despertar internada em uma clínica psiquiátrica sob os cuidados do Dr. Igor, que lhe dá uma má notícia: os comprimidos causaram danos irreversíveis ao coração e resta a ela apenas uma semana de vida.

Veronika faz amizade com outros pacientes da clínica, com quadros piores que o dela. Seu medo oscilava entre arriscar ser diferente e ficar igual a eles, mas a convivência muda sua visão de mundo. “Veronika decide morrer” é um livro inspirado na própria experiência do autor, ao longo das internações em clínicas para se livrar das drogas.

Romance: “A bruxa de Portobello”, “O Monte Cinco”; “Onze minutos”.
Ficção: “O demônio e a Srta. Prym”.
Policial: “O vencedor está só”.
Misticismo e filosofia: “Brida”.


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